Nas últimas reuniões da Lumo, no nosso check-in, invariavelmente, falamos de nossos pais e mães e do cuidado que exigem. As restrições de movimento, o esquecimento de fatos e informações e as atitudes, muitas vezes infantis, se somam às doenças típicas da idade.
Lidando com a biografia, o período pós 63 anos é um desafio para qualquer ser humano. Uma fase de querer aproveitar a liberdade e perceber que essa possibilidade provém do interior de cada pessoa; querer acertar as contas e deixar tudo ajustado; ver a finitude cada vez mais perto e ser tomado por um senso de urgência não compreendido.
O cultivo de boas relações, uma boa dose de espiritualidade e o desejo de continuar a aprender são excelentes companheiros desta jornada.
Jornada, essa, que normalmente adiamos para dar conta das demandas práticas da vida. Mas não precisamos esperar o inverno da vida para semear o presente e o futuro que nos acena. Podemos e devemos começar quando surge a consciência. E cuidar deste processo todos os dias. Afinal, todos os dias vivemos e envelhecemos.
Para nós, filhas e filhos ao redor dos 60 anos, o chamado é antever nossa história e procurar ter a empatia necessária para ajudar nas diversas passagens.
Como você está cuidando do seu envelhecer?
Por Selim Nigri