Sou entusiasta do desenvolvimento humano. Invisto tempo em me autoconhecer, refletir sobre erros e acertos, bem como desenhar possíveis cenários de futuro.
Já fiz muitos planos, alguns cumpridos e outros não. Este esforço nunca será em vão, mas como dizia Neném Prancha: “treino é treino e jogo é jogo” e nós estamos no meio do maior jogo de nossas vidas – a pandemia do COVID-19.
Temos assistido diariamente ao melhor e pior que como humanidade podemos criar: desrespeito ao distanciamento social, uso inadequado de máscaras, insuficiência de vacinas, “fura-filas”, entre outros. Isso ocorre em nossas próprias casas, ambientes públicos, Congresso, tribunais e entre os nossos governantes. Um horror! Mas também vemos ações genuínas de compaixão, cuidado e generosidade vindas das mesmas origens de onde vem os maus exemplos.
Parece que o egoísmo esporte clube vai ganhando de goleada, mas talvez estejamos nos deparando com a timidez em divulgar as boas ações e comportamentos versus as más notícias que atraem os nossos olhares e ouvidos. Eu gostaria de acrescentar um outro ponto de vista.
“Podemos nos sentir incapazes de fazer qualquer diferença no que acontece conosco, mas também podemos pensar que somente nós mesmos podemos nos ajudar.”
Podemos nos sentir incapazes de fazer qualquer diferença no que acontece conosco, mas também podemos pensar que somente nós mesmos podemos nos ajudar. O autocuidado é uma das principais regras da medicina. Ele nos coloca como protagonistas nos cuidados com a nossa saúde e isso pode ser estendido para outros aspectos da vida.
Não posso obrigar meus vizinhos a terem um comportamento adequado, mas devo fazer a minha parte. Pode parecer mais um gol do egoísmo, mas é muito bem-vindo, além de ser o que está verdadeiramente ao meu alcance.
Junto com outros colegas tenho me dedicado ao estudo do altruísmo. Aprendemos que ele não é o contrário do egoísmo, mas talvez seja o seu complemento muito necessário.
A crise atual é difícil, mas também é a oportunidade de testar nossa vontade de seguir nos conhecendo e desenvolvendo. Aproveitemos!
Por João Luiz Souza.