Que venha com saúde!

Sempre escutamos esse desejo no nascimento de uma criança. E é com essa energia que recebemos uma nova vida. Porém, nem sempre as coisas acontecem desta forma. Na minha família, tivemos a notícia que um sobrinho-neto nasceu com uma doença degenerativa. Um impacto grande e emocional tomou conta de todos e todas. E minha sobrinha ouviu de uma mãe com a mesma questão: “diagnóstico não é sentença “, mudando, completamente, a perspectiva dos passos seguintes.

Nas organizações, somos chamados para apoiar o desenvolvimento e, normalmente, a partir de uma dor ou um incômodo da liderança. Ou seja, uma doença, da qual se torna necessária uma ajuda externa. Ainda que desconfiem ou saibam, o diagnóstico dói e pode paralisar a ação. Negar ou desconfiar da fonte sempre atrasa o processo de cura.

O mais importante é o despertar da vontade. Fazer aquilo que deve ser feito para curar. Encarar de frente às questões e buscar, incessantemente, o que for deixar o organismo social mais saudável. Uma conversa difícil, uma mudança de atitude ou de estrutura, uma nova visão de mundo e das suas necessidades. Explicitar objetivos comuns e criar um clima de harmonia e confiança na equipe. Os remédios são claros mas nem sempre fáceis. Às vezes, as questões não tem cura mas requerem tratamento constante. Tudo exige coragem e desprendimento.

Esse é o papel da liderança. Criar e contar novas histórias. Como uma nova vida que chega. E que venha com saúde!

09 de fevereiro de 2022,

Por Selim Nigri.