Quando pensamos no que era “normal” na nossa vida antes da pandemia, podemos perceber que vários doces nos foram tirados da boca.

Poder viajar, encontrar a família nem os amigos, andar livremente, entre outras coisas. Buscamos compensações em várias esferas, mas por mais que nos trabalhemos e aceitemos a situação, fica um gosto amargo.

Talvez a maior pergunta seja o “quando poderemos nos sentir novamente humanos?”. Não estamos falando que não somos, que não há humanidade no virtual, mas nos tornamos humanos ao encontrarmos outros seres humanos.

Um encontro de Eu com Eu. Por mais que o virtual possa ser uma forma de encontro, o enxergar dos movimentos completos das outras pessoas, o toque e olhar sem filtros nos preenche de vida. Ainda que saibamos que isto é o melhor a se fazer, o coração aperta.
E isso também se reflete nas organizações.

Estamos nos acostumando com as reuniões virtuais. Muit

 

as tem sido mais produtivas que as presenciais e nos dão a sensação que não precisamos mais daquelas infinitas pautas de um passado recente.

Porém, a saudade dos encontros e cafés fora das salas e dos corredores e outros espaços como forma de reconhecimento de quem somos e de quem os outros são, acabam pedindo retorno.

Reclamávamos mas, no fundo, gostávamos.

O que fazer?

Navegaremos entre o amor pela causa e a vontade de realizar conjuntamente. Entre a calma interior e o senso de urgência. Entre a confiança na realização dos resultados e o controle e gestão das metas. Com presença constante e autoconsciência. E não poderemos abrir mão de nenhum dos do

 

is polos.

Deveremos desenvolver a imaginação capaz de levar as pessoas para melhores futuros, ajudar a criar histórias coletivas com significado, criar novas estruturas e processos e renovar o espírito dos grupos, ampliando a consciência para além dos ganhos e sacrifícios imediatos e considerando que as janelas de uma nova doce vida residem nas aberturas que damos ao nosso autodesenvolvimento.

Por Selim Nigri.