Hoje acordei cedo para escrever e, buscando inspiração, li um jornal, acessei alguns sites, visitei redes sociais e grupos de WhatsApp, com troca de mensagens sobre variados temas – algumas interessantes, outras polêmicas e várias absurdas.

Estas me entristeceram, chegaram a dar raiva e convidaram-me a refletir sobre o que fazer: devo responder? Ignorar? Denunciar? Tentar chamar quem escreveu à razão? Vale a pena? Mas principalmente, o que preciso aprender com tudo isso?

Pensei que, no tempo dos meus pais, devia ser mais fácil. Eles liam o jornal, assistiam o telejornal e pronto… a verdade estava claramente estabelecida. Devia ser muito bom…será?

Lembrei que ainda existem países onde somente os meios de comunicação oficiais são permitidos, além de rigidamente controlados. Não sei vocês, mas lá eu não quero viver. Uma só verdade não serve para mim!

Parece que a maioria das notícias e posts são criados para comprovar uma opinião e que alguém está absolutamente certo sobre alguma questão ou sobre todas. É muito difícil tolerar um ponto de vista diferente e, nesta cruzada, artigos de experts são citados contra e a favor de quase tudo. E quem somos nós para contrariar um expert?

Na verdade, somos o redator-chefe dos nossos jornais diários, decidindo livremente o que ler, assistir e eventualmente divulgar. Nossa responsabilidade cresceu muito, até porque somos conhecidos pelo que falamos, fazemos e, atualmente, publicamos. Qual imagem queremos projetar de nós mesmos?

Podemos utilizar o poder de “parar as máquinas” e sermos estações terminais de notícias duvidosas ou que ataquem pessoas, suas ideias e crenças. Na hora “H” vale pensar sobre quem vou atingir e o que quero provocar?

Cuidar das decisões que tomamos garante que a liberdade de expressão duramente conquistada seja mantida e amplificada pela muito bem-vinda diversidade de verdades individuais, pois como disse Warren Bennis, “nenhum de nós é tão inteligente quanto todas e todos nós juntos”.

E você, como tem cuidado de sua livre expressão?

 

22 de junho de 2021,

Por João Luiz Souza.