Em tantos anos nas empresas, vivi e testemunhei muito estresse, a maior causa de doenças não-contagiosas: cardiovasculares, respiratórias, neuropsiquiátricas, metabólicas, câncer, entre tantas outras. Elas reduzem a qualidade de vida, aumentam internações hospitalares e mortes prematuras, além de impactar economicamente famílias e a sociedade em geral.

O estresse é um estado alterado pelo medo ou ameaça, gerando reações psicofisiológicas involuntárias naturais em quadro de “resposta de luta ou fuga”: elevação da frequência cardíaca, dilatação das pupilas, aumento da pressão arterial, glicemia, níveis de atenção e liberação de adrenalina. São reações úteis, mas passada a percepção de ameaça, devem cessar ou o estresse escala para os insalubres quadros de resistência e exaustão. Há também outro mecanismo protetor contra o excesso de tensão: a “resposta de relaxamento”. Ela devolve o equilíbrio até a sensação de bem-estar. Esta resposta não é tão automática ou rápida quanto a anterior, mas pode ser evocada e treinada através de práticas específicas, incluindo o yoga e a meditação.

No todo, Hatha Yoga trata, além do bem-estar físico, das questões ética, espiritual e emocional, distintas da fisiologia, mas ligadas a ela. Yoga é vivencial para que, através da atividade ancorada no corpo, possa superar a agitação e a dispersão da mente e, assim, travar contato com a gente mesmo: em essência, observar-se para então poder intuir aquele que se observa, uns “nós mesmos” mais acima e mais sábios que aquele Eu do cotidiano. Desta forma, ao diminuirmos o ritmo da mente através do corpo, criamos condições para encontrarmos a nossa verdadeira natureza humana.

Há quase 20 anos, a prática de Yoga tem sido uma grande aliada para gerir minhas emoções de forma ativa e responsável, impactando a mim e aos que me cercam e a minha atividade profissional como coach e consultora de desenvolvimento. Fez surgir uma Paula mais pronta para, com presença, ajudar o próximo. 

Em 2022, que tal abrir espaço em sua vida para experimentar o Yoga e a meditação?

 

17 de novembro de 2021,

Por Paula T. Saboia